1 de dez. de 2012

TimeShift


Timeshift é um jogo de tiro em primeira pessoa cuja temática envolve viagens no tempo e suas conseqüências. Você joga na pele de um piloto de aviões que veste uma roupa com poderes para realizar viagens temporais, e deve completar uma missão no ano de 1900. Ao voltar à sua época, entretanto, o protagonista se vê em uma situação completamente diferente da qual estivera antes; sua missão alterou o curso da história.

As habilidades de controlar o tempo cumprem um papel essencial na jogabilidade, possibilitando basicamente três espécies de poderes. O jogador pode parar o tempo durante um período, paralisando tudo que acontece ao seu redor. É possível também, apenas esticar o tempo, diminuindo a velocidade dos acontecimentos e possibilitando. A terceira possibilidade é a de voltar no tempo, remediando pequenos erros.

"Física quântica e dobras no tempo muito bem utilizadas dão a Timeshift as inovações necessárias para ser um FPS de sucesso".

Ultimamente os jogos de tiro em primeira pessoa, conhecidos pela sigla FPS (do inglês First Person Shooter), já estão deixando a fórmula antiga, que envolvia apenas o uso de armas de fogo, ainda que futuristas. BioShock e seus plasmids, Jericho e poderes paranormais, bem como Crysis, com seu traje nanotecnológico que concede superpoderes, são excelentes exemplos das tendências que o gênero segue atualmente.

Timeshift é mais um jogo que se passa numa realidade alternativa onde ciências como nanotecnologia e física quântica já oferecem resultados práticos aos pesquisadores. Assim como em Crysis, o personagem principal de Timeshift utiliza uma roupa desenvolvida com alta tecnologia que possibilita ao jogador ações diferenciadas. No caso deste título, essas ações se resumem a um controle temporal que permite ao jogador executar pausas, desacelerações e até retrocessos no tempo.

É isso mesmo: o jogador obtém um controle limitado da velocidade com que os fatos do jogo ocorrem. Ao adentrar o continuum espaço-tempo, você ganha a habilidade de manejar o tempo e movimentar-se normalmente no plano tridimensional.

Entretanto, como o traje funciona com uma bateria, existem certas limitações neste aspecto: cada uma das ações sobre o tempo gasta uma determinada quantidade de bateria, por isso elas cada ação dura um período diferente. A desaceleração temporal é a que dura mais, sendo mais utilizada durante combate com múltiplos inimigos por esse motivo. Já as funções de pausa temporal e retrocesso são de duração extremamente curta, e portanto mais utilizada para fins de conclusão de quebra-cabeças, ainda que a pausa seja muito útil durante combates com menos adversários ou para correr entre uma proteção e outra durante o tiroteio.

Wormholes e buracos de bala.

Jogos são desenvolvidos para entretenimento, e portanto há um questionamento pesado com o enredo de jogos violentos. Enquanto uma grande parcela da comunidade gamer está apenas interessada em atirar e matar, sem histórias oferecendo um bom motivo para o personagem envolver-se na guerra, outro percentual preocupa-se com um enredo bem formulado e envolvente que seja capaz de prender sua atenção como em um filme.

A parcela interessada em histórias que prendem a atenção e fazem o jogador viajar em mil teorias científicas irá se identificar perfeitamente com Timeshift. Nele, entender um pouco sobre física teórica é um bom começo para que o jogador não se perca na história. Essa conexão já começa no manual do jogo, que usa termos como “wormhole” (buraco de minhoca), “continuum espaço-tempo” e outros nomes um tanto escabrosos para grande parte dos jogadores.

Não é estritamente necessário conhecer esses termos para jogar, mas eles facilitarão muito o entendimento do enredo. Se você já conhece ou não está interessado em conhecer física teórica, aconselhamos pular este e o próximo parágrafos, que darão a base para entender o enredo de Timeshift. Wormhole, do inglês “buraco de verme” é conhecido em português como dobra no tempo e define uma passagem entre dois pontos do Universo, funcionando de maneira similar a um atalho. O nome em inglês baseia-se na explicação de que essa dobra comporta-se como o buraco criado por um verme cruzando um fruto, este buraco serve como um atalho para acessar o lado oposto da superfície do fruto. Da mesma forma, wormholes são atalhos para certos pontos no espaço-tempo.

Já continuum espaço-tempo pode ser definido através de duas teorias distintas: a primeira afirma que este termo nomeia uma região do Universo — acessível através de portais dimensionais — na qual o tempo pode ser moldado. A segunda diz que o continuum espaço-tempo não passa de um estado atingido pela matéria quando esta encontra-se em determinada velocidade (a mais aceita é a velocidade da luz elevada ao quadrado). Timeshift usa a última teoria, e segundo o enredo, o traje especial seria um tipo de nave que acelera até essa velocidade, desenvolvido com um material que protege o corpo do usuário dos danos a que estaria submetido em tamanha velocidade.

Aulas de física à parte, voltemos ao enredo

Após o Dr. Aiden Krone criar um traje experimental capaz de viajar no tempo e sua equipe aperfeiçoa-lo, desenvolvendo uma nova versão da roupa, o cientista instala uma bomba no laboratório para que ninguém o siga e retrocede no tempo até alguma data anterior a 1939. Usando seus poderes de controle temporal, Krone torna-se um ditador e domina o mundo, alterando completamente a linha do tempo dali em diante.

Entretanto, um de seus ajudantes consegue ativar a nova versão da roupa e ir atrás do cientista no passado. Este ajudante é o protagonista do jogo, e o personagem jogável, que volta para o ano de 1939, quando o cientista já está no poder. Neste momento o dispositivo de viagem no tempo da roupa quebra, e o cientista fica preso no ano de 1939, decidindo então destruir o império maligno do cientista Aiden Krone.

Como o traje conta com um sistema de inteligência artifical, quando o dispositivo principal foi danificado este sistema ativou os poderes disponíveis durante o jogo: desaceleração e pausa temporal bem como um breve retrocesso de alguns segundos. Você deve então auxiliar um grupo de rebeldes que lutam contra Krone, objetivando eliminar o ditador.

Nada muito futurista nos gráficos

A ambientação gráfica do jogo não traz grandes inovações, porém cumpre muito bem sua função. Como Timeshift se passa numa distopia — palavra que caracteriza o extremo inverso de uma sociedade utópica  —, seus cenários têm um clima cyberpunk repleto destruição e morte. Parques tomados por soldados, metralhadoras cercadas por barricadas com sacos de areia em plena rua e prédios e carros destruídos são encontrados com freqüência no jogo.

Porém, as texturas e efeitos de luz em Timeshift não impressionam. O gráfico do jogo é mediano, com texturas muito boas em certos trechos do cenário e outras um tanto pobres (um bom exemplo são os veículos), que não chegam ao padrão visual dos títulos do momento. Sua iluminação também é comum e não chama tanta atenção. No entanto a física de Timeshift é muito boa. Apesar do cenário não ser interativo, o corpo dos inimigos responde aos tiros de uma maneira muito gratificante.

Também é interessante ver o efeito causado durante a execução de algum dos poderes temporais de seu traje. As bordas da tela parecem estar magnetizadas, causando uma sensação muito similar à imaginada por cientistas ao penetrar as ditas dobras temporais. Além disso, ao passar perto de corpos de personagens mortos, o campo gerado ao redor de seu corpo, devido à supervelocidade a que este está submetido, faz com que a gravidade diminua, e você pode ver os corpos iniciando a levitar.

Trilha sonora enebriante

Aliada aos gráficos em estilo cyberpunk, uma incômoda gravação é repetida por grande parte do cenário do primeiro ato, que se passa em uma cidade semi-destruída. Nela ameaças aos “occupants” (ocupantes), como são chamados os cidadãos, são realizadas frequentemente pela voz de Aiden Krone. Isso reforça o clima de medo e destruição imposto pela ambientação sombria e pelos cenários semi-destruídos.

Além disso, outros efeitos sonoros, como a comunicação entre os inimigos e até entre os rebeldes que seu personagem defende, bem como o som dos tiros, granadas e outros tipos de explosões terminam de moldar a atmosfera de terror de Timeshift.

Jogabilidade consistente com ação e lógica na medida certa

Crysis e Timeshift têm muito em comum quando o assunto é jogabilidade, afinal os protagonistas de ambos os jogos possuem roupas de alta tecnologia que lhes concedem poderes. Além disso é baseado no uso desses poderes que a experiência nos dois títulos ganha significado. Entretanto, A relação termina por aí. Timeshift oferece um acesso inúmeras vezes mais intuitivo e fácil aos comandos do traje que os de Crysis.

Enquanto Nomad — o protagonista de Crysis — seleciona o poder de seu traje com o uso do mouse, o cientista anônimo de Timeshift utiliza teclas de atalho combinadas com a tecla Shift. Como todas as teclas (E, F e C) são posicionadas próximas à tecla D, o acesso durante o jogo é rápido mesmo durante uma cena com muita ação. Este, que foi um dos principais pontos negativos evidenciados em Crysis, torna a jogabilidade de Timeshift uma experiência única em jogos de tiro em primeira pessoa.

Os comandos do jogo são muito bem desenvolvidos, e até mesmo a tecla para lançamento de granadas está melhor posicionada que na maioria dos jogos. Enquanto os principais títulos de tiro atuais usam a tecla G para lançar granadas, Timeshift aproveita-se da tecla Q, muito mais acessível que a anterior, para tal manobra. Infelizmente, o botão para aproximar a arma do rosto, dando uma espécie de minizoom no cenário, confunde os jogadores que estão acostumados a usar para essa tarefa o botão direito do mouse, pois aqui é a tecla E que tem essa função.

Em suma, a disposição das teclas de jogo foi criada com muito cuidado pelos desenvolvedores e merece a atenção dos fãs de tiro em primeira pessoa, já que é um dos principais pontos altos de Timeshift. Além disso, a inteligência artificial dos adversários também foi muito bem trabalhada, garantindo uma experiência muito mais desafiadora que contra scripts mal desenvolvidos.

Mais um ponto positivo da jogabilidade é a excelente mescla de ação com raciocínio lógico que o título oferece. Timeshift não é apenas mais um jogo de tiro no qual você só deve avançar pelo cenário atirando nos adversários a torto e direito. Além do uso do tempo como aliado tático, também é necessário usá-lo em quebra-cabeças interessantes que exigem um pouco mais do raciocínio do jogador.

Não espere grandes desafios neste sentido. A maioria das soluções dos puzzles se resume a utilizar a pausa temporal de forma sensata. Entretanto, as “paradas para respirar” entre uma enxovada de inimigos e outra dá ao jogo maior credibilidade e diversificação.

Visite um passado alternativo com um jogo emocionante!

Controlar o tempo é uma capacidade que qualquer ser humano deseja possuir, e Timeshift concede uma experiência muito envolvente ao inserir o jogador num conceito histórico que se perde entre passado e futuro. A ambientação remete a um futuro destrutivo repleto de alta tecnologia, enquanto o jogo se passa cerca de 80 anos antes dos dias atuais.

Essa mescla de passado e futuro já cria uma experiência interessante, principalmente quando é aliada à jogabilidade perfeita e à trilha sonora muito bem desenvolvida que este novo título dos mesmos criadores de F.E.A.R. Trazem para você.
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Trailer do game:

   

A Sierra e a Saber Interactive preparam outro jogo de tiro em primeira pessoa que, segundo promessas, irá alterar a maneira como o jogador concebe o tempo, indo além do experiências já conhecidas como a câmera lenta de bullet time normais partindo para a resolução de puzzles.

A história não causa uma primeira impressão muito boa, sendo basicamente um dos clichês em que algo feito no passado, através de uma viagem no tempo, causou catástrofes no futuro. Em Timeshift o protagonista é um piloto de aviões recrutado para usar uma vestimenta especial que lhe dá poderes de controlar o tempo. Para tanto, ele deve voltar para meados de 1900 e completar uma missão. Ao voltar, o planeta está sob a ditadura de um temível e impiedoso homem chamado Lord Krone. Previsível, não?

Resta agora avaliar os aspectos técnicos e sobre a jogabilidade. Segundo alguns vídeos liberados preliminarmente, é possível listar 3 possibilidades de manipulação do tempo, sendo que em todos eles o herói fica imune ao seu efeito, podendo se locomover normalmente. O primeiro é a paralisação total, que permite a possibilidade de matar, roubar armas e atirar resolver pequenos quebra-cabeças, como ativar 2 dispositivos que requerem acionamento simultâneo. O segundo é o próprio bullet time, onde o tempo é “esticado” permitindo enganar ou ultrapassar obstáculos móveis enquanto eles se movem muito mais lentamente do que o normal. O terceiro é o retorno no tempo que, apesar de não ser páreo contra a morte, permite remediar grandes danos, movimentos errados e resolver desafios que dependem do fluxo de vento gerado por um grande ventilador, por exemplo.

Isso tudo já foi visto em outros jogos, Max Payne e Prince of Persia Sands of Time o que nos faz atentarmos agora para o aspecto visual. Felizmente, a engine utilizada parece ser de qualidade, tanto a física quanto o gráfico. Nos trailers liberados até agora, foi possível apreciar a reação facial e corporal dos inimigos contra tiros recebidos no pé e suas expressões de espanto após terem suas armas roubadas enquanto você paralisou o tempo. O cenário e as texturas correspondem exatamente ao esperado dos novos jogos para Xbox 360 e PC, detalhados e profundos. É prometida uma ampla gama de inimigos, indo além dos combates repetitivos de vários FPS atuais, além da possibilidade de destruição do cenário. As armas serão variadas, grandes e futurísticas, estando à altura do combate de um homem só contra todo um império.

Com os dados disponíveis até o momento não é possível dizer até onde o controle do tempo será aproveitado e, caso não seja, infelizmente este título será apenas mais um FPS normal, talvez com mais inimigos. Vai ser difícil para Timeshift não ser ofuscado por Unreal Tournament 2007, Half Life 2 Episode Two Portal, Crysis e Bioshock, uma leva de títulos intensamente aguardados.




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Gameplay:

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